Publicado em 20/09/2022
O Mappa foi nosso primeiro produto digital. Um guia inteligente de filmes, artigos e palestras desenhado para que as pessoas pudessem desenvolver jornadas de aprendizado de forma autodidata e com muito mais qualidade. Construímos esse guia a partir da nossa experiência analógica.
Por alguns anos fizemos um trabalho aqui na Inesplorato em que entrevistávamos as pessoas, descobríamos as suas necessidades de conhecimento e criávamos para elas uma caixa de filmes, livros e revistas, entre outros itens, que as ajudaria a lidar com suas questões pessoais e profissionais. Um trabalho lindo, artesanal e muito custoso. Por isso, uma ideia que pedia digitalização para ganho de escala – ou seja, a proposta do Mappa.
Fizemos o projeto dentro de casa. Montamos um time de curadores, designers e desenvolvedores para criar uma primeira experiência. Foram dois anos de trabalho até que a primeira versão entrasse no ar (já se ligou em nosso primeiro erro, né?). Aos poucos, os usuários foram chegando e, junto com eles, fomos aprendendo muito com o processo.
As pessoas amavam que o Mappa fazia um diagnóstico certeiro do momento da vida delas (isso foi o que deu mais trabalho para ser feito), depois curtiam muito as recomendações que aconteciam aos poucos e que as tocavam profundamente. Era comum a gente receber feedbacks de que aquele filme tinha chegado em boa hora e que algo intenso havia acontecido a partir daquele encontro. Que delícia era receber esse tipo de depoimento! O problema é que a galera que mais curtiu – e que virou fã (até hoje) do Mappa – era minoritária. A grande maioria chegava, se apaixonava mesmo sem entender muito bem, mas deixava para depois, para um outro dia aquela dieta sonhada de conteúdos.
Ponto de virada
O tempo foi passando, chegamos a ter milhares de usuários, mas o tempo que o produto pedia para se tornar rentável era um tempo que a gente não tinha mais. Não era do nosso interesse naquele momento abrir o Mappa para receber investimentos. A gente queria fazer as coisas com calma, sem pressão comercial, e essa visão não combina com a lógica de mercado. Assim, veio a decisão de pausar o produto e viver o luto de um projeto pelo qual todos nós éramos apaixonados.
O mais inesperado dessa história é que quando a pandemia chegou muita gente lembrou do Mappa. O tempo em casa e o desenvolvimento do streaming deixaram mais explícita a dificuldade de escolher conteúdos que realmente mudam nossa vida para melhor. Ouço sempre o pedido saudoso pela volta da plataforma, e quando isso acontece fica aquela sensação de frustração de uma ideia tida fora do seu tempo.
Hoje usamos no dia a dia da Inesplorato muito do que aprendemos com esse projeto!
Somos experts em tecnologia de recomendação, por exemplo, e já fizemos projetos aplicando esse conhecimento. Indo além, todos os erros cometidos no desenvolvimento de um produto digital nos fortaleceram para as empreitadas que vieram na sequência. Aliás, aprender a lidar com os erros era uma das jornadas bombadas da plataforma.
Se o Mappa vai voltar em algum momento é algo que nós ainda não sabemos responder, mas temos certeza de que a essência do projeto continua viva e ganhando outras formas. (Quem sabe!)
Até mais,
Sócia Fundadora da Inesplorato
Para ir de encontro às coisas do mundo precisamos nos subtrair dele Vou começar com uma pergunta: você sabia que os gregos entendiam a escola como um espaço para o “tempo livre”? Segundo o filósofo argentino Walter Omar Kohan, quando os gregos criaram as escolas o intuito não era aprender, porque na visão deles se
Em cada projeto da Inesplorato, nós, curadores de conhecimento, temos a oportunidade de testemunhar de perto diferentes práticas de nossos clientes (tanto aquelas evidentes quanto as silenciosas) e reconhecer a diferença que uma boa liderança traz para a qualidade das discussões e para o rumo dos negócios. Mas afinal, o que é uma boa liderança?
Apesar de a maioria dos clientes da Inesplorato serem empresas de grande porte, os pequenos negócios sempre fizeram parte da nossa história. Primeiramente porque nós somos um pequeno negócio em essência e vivemos na pele os altos e baixos dessa aventura que é empreender. E, para além disso, desde 2010, rodamos três edições do Projetos
Estreamos no mercado em 2010, e desde então a gente vem acompanhando como alguns temas ou conceitos tomam conta das empresas. Tratando de formas de segmentar as pessoas, habilidades que precisam ser desenvolvidas pelas lideranças, os temas com os quais todas as marcas precisam se conectar e sobre os quais todos estão falando, treinando times,