Publicado em 09/09/2022
A lógica sazonal é uma criação do mercado, hoje preso em suas próprias narrativas. Para cada época ou data comemorativa, existe um imaginário embrenhado em nossa cultura formado por imagens que reduzem e pasteurizam a diversidade de experiências humanas que acontecem na vida real. No verão, a TV é tomada pelas praias e a diversão parece ter apenas um destino. Chega o dia das mães e a gente já sabe as histórias que serão contadas mesmo antes de uma propaganda começar. Não preciso nem falar do Natal, não é?
Pois bem, para romper com essa lógica, a gente acredita primeiro na importância do planejamento. Ter tempo para estudar, explorar possibilidades e dar espaço para que criativos bebam em outras fontes são premissas básicas, mas raramente cumpridas pelas marcas. A lista é longa de briefings que já recebemos por aqui com pedidos ansiosos por estudos temáticos, sobre datas comemorativas, poucas semanas (ou até dias) antes de uma campanha ter que entrar no ar.
Indo além do mínimo, a gente trabalha com nossos clientes em três caminhos:
Um jeito prático para escapar do senso comum nos processos criativos é explorar novas perguntas. Investir no que não se sabe, em questionamentos que criam lugares de desconforto e enriquecem o repertório de quem precisa produzir ideias novas. Por exemplo, se o tema é verão, que tal investigar “como as férias escolares mudam a rotina de uma cidade?”.
Combinar as diversas ciências e referências e criar oportunidades para o debate de pontos de vista são uma boa ferramenta para refrescar as ideias. O verão pode ser visto pelo olhar da História, das culturas indígenas, da neurociência, engenharia… Enfim, cada uma dessas frentes vai problematizar diferentes questões e explicar os porquês e como as coisas acontecem a partir de lugares variados.
A vida das pessoas está cheia de problemas concretos pedindo soluções. Não há melhor caminho para ganhar atenção ou emocionar do que melhorar a vida prática de seus consumidores. Por exemplo, você sabia que no verão, esse tempo imaginado como de pura diversão, as mães trabalham mais (se você é mãe, certeza que sabe)? Sabendo disso, o que sua marca pode fazer para ajudá-las?
A gente acredita que dessa combinação de caminhos nascem novos e poderosos insights. Aliás, o verão deste ano tem tudo para ser especial. Como estão os preparativos por aí?
Até mais,
Sócia Fundadora da Inesplorato
Está mais do que na hora de o mercado se ligar que estamos todos perdidos no meio da fumaça da IA. Em janeiro de 2022 começamos aqui na Ines um novo estudo contínuo sobre algoritmização do consumo. Percebendo os avanços da IA, a gente enxergou que não vai demorar muito para que as compras passem
Em cada projeto da Inesplorato, nós, curadores de conhecimento, temos a oportunidade de testemunhar de perto diferentes práticas de nossos clientes (tanto aquelas evidentes quanto as silenciosas) e reconhecer a diferença que uma boa liderança traz para a qualidade das discussões e para o rumo dos negócios. Mas afinal, o que é uma boa liderança?
O potencial de ferramentas e conteúdos baseados em inteligência artificial tem alcançado públicos até então alheios a esse debate. Nas últimas semanas, do ChatGPT à foto fake do Papa usando uma jaqueta puffer, as novidades chegaram a galope. Diante de tanta disrupção, as duas rotas mais comuns foram o encantamento ou o medo. Mas as
As expressões “copo meio cheio” e “copo meio vazio” geralmente são utilizadas para falar de otimismo ou pessimismo, de como olhamos para as coisas da vida. Como colecionamos perspectivas e formas de lidar diante das situações que nos encontram, podemos dizer que temos em nossas mãos a opção de ver as coisas por um ângulo