Publicado em 20/07/2023
Está mais do que na hora de o mercado se ligar que estamos todos perdidos no meio da fumaça da IA.
Em janeiro de 2022 começamos aqui na Ines um novo estudo contínuo sobre algoritmização do consumo. Percebendo os avanços da IA, a gente enxergou que não vai demorar muito para que as compras passem a ser totalmente feitas por algoritmos. Faz pouco tempo, mas agora a gente sente que a nossa investigação em outra era, sabe? Vejam, o ChatGPT foi lançado meio que ontem, em novembro de 2022, e foi um marco pra gente na aceleração desse tema e de como falta muito pouco para as compras serem drasticamente diferentes do que são hoje. Quando a gente começou a ter o que compartilhar sobre o assunto, fizemos um evento com líderes das áreas de insights de grandes empresas. Naquele momento, o papo parecia ainda de muuuito longo prazo. Mas meses se passaram e o ChatGPT já está fazendo coisas que antes eram inimagináveis.
No começo de maio deste ano, o empreendedor / guru super pop / influencer digital Gary Vee, que tem 10 milhões de seguidores apenas no Instagram, falou em uma de suas palestras sobre como daqui a pouco o seguinte cenário vai se tornar real: você vai falar para a Alexa que vai receber convidados na sua casa e ela, com base nessa informação, vai fazer as compras que você precisa sozinha. Isso mesmo que você leu: Alexa-fazendo-compras-sozinha! O assunto está amadurecendo, chegando em muito mais gente, e a tecnologia está avançando MUITO rápido. Quando começamos a estudar esse tema, eu lembro de como parecia muito ousada a ideia das pesquisadoras israelenses Michal S. Gal e Niva Elkin-Koren, num artigo onde encontramos a primeira afirmação com todas as letras sobre o tema: “A próxima geração de e-commerce será conduzida por agentes digitais baseados em algoritmos capazes de lidar com transações inteiras. A tomada de decisão humana poderá ser completamente driblada.”
Você já se ligou que falta pouco para um algoritmo ser o comprador do seu produto, serviço ou marca? Já parou para pensar em como a publicidade como conhecemos hoje vai se tornar obsoleta? Mais ainda: você já sabe ou faz ideia de como vender para uma IA?
Há alguns meses o Tristan Harris e Aza Raskin, fundadores do Center for Humane Technology, fizeram uma palestra discutindo todo o risco que estamos correndo com esse tema e levantando a bola da necessidade da gente dar ao momento a devida importância – e essa frase bateu forte por aqui. Estamos aqui gritando “fogo!” faz um tempo, e a sensação é que o mercado brasileiro (ainda) está meio perdido na fumaça.
É urgente que a gente entenda que, com o avanço da IA de modo sistêmico, ou seja, em diversas áreas da nossa vida e em diversas indústrias, não é o formato das coisas que vai mudar. A gente não está falando que um roteiro publicitário vai ser feito por IA e que isso muda tudo. Estamos dizendo, sim, que a necessidade de um vídeo publicitário como temos hoje vai deixar de existir. Isso muda muita coisa. A publicidade tem um fluxo de capital grande que alimenta diversos setores. Todos eles vão mudar. Você já se ligou nisso?
Fato é: uma mudança não existe sozinha, pois muitas outras já vêm andando a passos largos logo atrás. Esse momento de nossa história exige que a gente pense de modo muito mais complexo, fazendo conexões entre campos, para conseguir dar conta não do futuro, mas do que já está acontecendo.
Sócia Fundadora da Inesplorato
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Em 2011, ano em que comecei a trabalhar na Inês, se alguém me dissesse que alguns anos depois eu teria a oportunidade de participar de um projeto sobre liderança feminina para um cliente corporativo, desenvolvendo uma jornada exclusiva para mulheres na qual a gente pudesse se ouvir, dialogar, trocar conhecimento e se fortalecer numa rede