Banca da Inês: como repensar o universo da leitura?

Publicado em 20/09/2022

Se tem uma coisa que une todos os curadores de conhecimento da Inesplorato é a nossa paixão por livros! Para além do apreço pessoal pela leitura, os livros são a base da formação do nosso repertório na Ines. Eles promovem uma relação especial com informações: não nos entregam nada pronto. Ao contrário, nos convidam a exercitar nosso intelecto, formando novas bases de conhecimento.

Por isso, dá para imaginar a nossa empolgação quando fomos convidados pela Kiro – uma marca de bebida não alcoólica muito massa – para pensarmos juntos o projeto de uma banca de livros em São Paulo!

No início, lá em 2019, a ideia da banca estava só no papel: encontrarmos um ponto físico no bairro de Pinheiros (uma banca até então desativada) e transformar a paixão pela leitura em uma experiência física. Mas como repensar a experiência de uma livraria para, de fato, ajudar as pessoas a se relacionarem de forma mais amigável e certeira com o universo da leitura? Depois de quebrar a cabeça, chegamos a algumas premissas:

  • Acervo reduzido

Frente à angústia do excesso de possibilidades, ofereceríamos um acervo de livros reduzido (apenas 20 títulos!), partindo de ciclos temáticos.

  • Seleção criteriosa

O tema de cada um desses ciclos teria como objetivo incrementar o senso crítico sobre a população brasileira e colaborar para a construção de uma vida em sociedade melhor para todo mundo. Nossa seleção de livros não passaria apenas por critérios técnicos ou pelo gosto, mas sim por desafios humanos dos nossos potenciais clientes.

  • Experiência de compra guiada

Indo além, cada obra seria acompanhada de uma espécie de plaquinha com textos escritos pelos curadores de conhecimento. Mais do que responder “sobre o que esse livro é?” (a famigerada sinopse), os textos ajudariam os leitores curiosos a entender “o que vou aprender lendo esse livro?” ou, ainda, “como essa leitura me torna um ser humano mais crítico?”.

Corte seco: o dia de abertura da banca, 14 de novembro de 2019. Foi um baita orgulho ver um sonho se concretizando em um espaço físico e poder dialogar com mais pessoas, para além de clientes de grandes empresas. A banca rosa de Pinheiros deu o que falar; saiu na Vogue e foi parar até na Monocle.

Depois de 1 ano e meio desse experimento tão rico que se propôs a reinventar a experiência das pessoas com os livros, decidimos sair da banca para focar outros projetos. A nossa saída abriu as portas para que uma marca incrível, a Holistix, compartilhasse o espaço da banca junto com a Kiro.

Partindo dos aprendizados com a banca – e de toda a bagagem da Ines em mais de 12 anos de estrada -, ficamos super energizados para criar iniciativas que possam abrir novas fronteiras na relação das pessoas e empresas com o mundo da leitura.

Por exemplo, já pensou se as empresas oferecessem um clube do livro para cuidar do repertório dos seus funcionários, a partir de um acervo reduzido? E se existisse uma forma de criar bibliotecas (físicas ou digitais) nas empresas com livros selecionados a dedo a partir das necessidades de conhecimento do negócio? Essas e outras perguntas renderam boas discussões na Ines; tanto que, em 2020, chegou até a nascer um protótipo de uma minibiblioteca corporativa junto com o Estúdio Radiográfico.

Para a Ines, compartilhar conhecimento é fomentar revoluções. E os livros são grandes aliados na formação de um repertório crítico para que as transformações do mundo aconteçam. Que venham muitas outras “bancas” no futuro da Ines 🙂

Até mais,

PUBLICADO POR

Michele Okuhara

Curadora de Conhecimento

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